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sexta-feira, 27 de março de 2009

A nossa história

Deixa eu te dizer de nós
A nossa história está sendo escrita
na ternura e intensidade
que compoe o verbo AMAR,
da tinta que escorre entre os sonhos,
dos caminhos e das noites de luar
onde os gestos afagam o tempo,
o calor afasta os medos e as
nossas bocas desenham segredos...
Deixa eu te dizer dos sonhos
deitados na relva molhada e verdejante,
do palpitar que habita o sentir mais profundo,
de toda essa viagem pelo teu corpo,
ainda que meramente imaginada
nos momentos de devaneios,
onde nos sonhamos;
destinos selados a saliva dos beijos utópicos
que enganam a ausência de nós,
como fome que não sacia,
mas espera a hora tardia
e se nutre dessa espera.
A nossa história está sendo escrita
nos desejos quentes
que pulsam em quartos solitários
entre doses de uísque e fumaça de cigarros,
coração em descompasso
e ausência de amassos
A nossa história, as vezes é só minha,
as vezes é tua,
mas é feita de poemas e canções,
onde compoes a melodia e eu a letra
num dueto harmonico
que vai até o amanhecer...

sábado, 14 de março de 2009

Noite de amor

O Dia Nacional da Poesia foi criado em homenagem ao poeta
brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871),
no dia de seu nascimento, 14 de março, embora o Dia
Mundial da Poesia (21 de março) tenha sido instituído na
30ª Conferência Geral da UNESCO no ano de 2000 e coincide
com o Dia Mundial da Floresta, início da primavera no
hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul

Passava  a lua pelo azul do espaço
De teu regaço
A namorar o alvor!
Como era tema no seu brando lume...
Tive ciúme
De ver tanto amor.


Como de um cisne alvinitentes plumas
Iam as brumas
A vagar nos céus,
Gemia a brisa — perfumando a rosa —
Terna, queixosa
Nos cabelos teus.


Que noite santa! Sempre o lábio mudo
A dizer tudo
A suspirar paixão
De espaço a espaço — um fervoroso beijo
E após o beijo
E tu dizias — "Não!... "


Eu fui a brisa, tu me foste a rosa,
Fui mariposa
— Tu me foste a luz!
Brisa — beijei-te; mariposa — ardi-me,
E hoje me oprime
Do martírio a cruz


E agora quando na montanha o vento
Geme lamento
De infinito amor,
Buscando debalde te escutar as juras
Não mais venturas...
Só me resta a dor.


Seria um sonho aquela noite errante?...
Diz', minha amante!...
Foi real... bem sei...
Ai! não me negues... Diz-me a lua, o vento
Diz-me o tormento...
Que por ti penei!
(Castro Alves)


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domingo, 8 de março de 2009

Homens

A ti:
Pai que ensinastes-me as primeiras letras;
Filho varão que não tive;
Companheiro, que caminhastes ao meu lado; 
Amigo que me ofereces teu ombro;
Irmão  de brigas e brincadeiras.
A ti
Homem, que nascestes do ventre da Mulher;
que nos compreende, 
nos envolve em abraços 
e nos afasta o medo,
A ti,
sem o qual, a vida não teria sentido
Pois, pra quem nos enfeitaríamos,
nos depilaríamos
por quem choraríamos
se não houvesses tu?

A ti, HOMEM ao qual não foi 
criado um dia
Mas que és fundamental em nossos dias
A minha admiração e o meu respeito!



Independente das mulheres que morreram por
causa própria e dos homens que morreram
por causas alheias, todos os dias são
especiais, tanto para a mulher, como para
o homem; pois como disse um amigo meu:
Somos complementares e não antagônicos!
Menina do Rio®

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segunda-feira, 2 de março de 2009

Perdão, Amor...


Mas o tempo que pra ti corre lento; pra mim,voa. 
E voa numa velocidade que minhas velhas asas 
não mais acompanham, mas não posso parar.
Tenho que tentar correr junto, pois a hora do
crepúsculo já se anuncia, e não demora a noite
me encobre com sua escuridão e não mais verei-te,
nem sentirei o teu pulsar. Detive-me ainda no
tempo, à tua espera, mas viestes tarde, tão tarde
que os meus olhos embaçados pela nevoa dos anos
já mal distinguem a cor dos teus olhos.
Até estendi-te os meus braços, mas vinhas a passos
lentos, brincando com as flores e as borboletas
que te sorriam pela estrada e nem reparastes que
os longos anos de espera, embranqueceram os 
meus cabelos.
E num último apelo, ainda chamo-te, mas o tempo
gastou-me as cordas vocais e já mal me ouço a
própria voz a dizer-te dessa minha espera, desde
a primavera.
Perdão amor, mas tenho que seguir sem ti...
(Menina do Rio)

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