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sábado, 28 de outubro de 2006

Como entender um homem...

Ana conheceu Toni assim un pass un. Era o objeto de
desejo de sua amiga Nina. Iam aos lugares onde
sabiam que ele ia, tentando um encontro casual e
num desse acabaram se falando. Trivialidades. A
amiga Nina conseguiu realizar a conquista (um
romance relâmpago) e logo em seguida Ana começou
a receber telefonemas de Toni. Um oi linda, você está
bem? Sempre a pegava de surpresa e acabava tipo:
Liguei pra saber como você está.
Uma noite, um recadinho:
Ana, você é muito especial pra mim. Se estiver

acordada me retorna! Um dia o primeiro encontro.
Perfeito! No dia seguinte um recadinho: - Ana,
queria saber com está sendo o seu dia, porque o
meu está sendo ótimo seguido de outro: Você é
maravilhosa e especial pra mim e esta noite
foi linda.
Foi o inicio de um namoro via telefone e torpedos,

pois os horários de ambos eram desencontrados.
O segundo encontro custou a acontecer e o terceiro
mais ainda.
Ana trabalha de 2ª a sexta e Toni passa a semana
viajando e trabalha na noite nos fins de semana.
Tava ficando morna a relação e não tinha passado
do terceiro encontro...Ele sempre ligava doce e
gentil mas não se encontravam. Um dia ele comentou
que ela parecia mudada, fria; ela disse que não,
apenas estava conformada, pois não podia mudar
o rumo das coisas.
Já havia se passado mais de um mês sem se verem e –
morando na mesma cidade.
Mais duas semana e o telefone toca às duas e meia da
manhã. Ele chegava de uma viagem e queria vê-la.
- Agora? Sim...
Ela saiu da cama, lavou o rosto e vestiu-se. Recebeu-o
saudosa. Toni deitou-se a seu lado, acariciou seus
cabelos e conversaram por toda a madrugada, apenas
isso...Ele falou de seu cansaço, seus projetos e ela ouvia
e opinava. Às vezes fazia-se momentos de silencio e ela
percebia-se observada por ele e respondia ao olhar com
um meio sorriso que ele retribuía cheio de ternura.
O dia já amanhecia quando ele a abraçou e seu corpo
tremeu, mas ele apenas tocou-lhes os lábios e dormiu...
A tarde já adentrava quando ele acordou. Tomou um
banho e sentou-se na cozinha junto com ela e

conversaram enquanto tomavam o café.
Depois se foi. Ana passou o resto do dia num misto de
ansiedade e vazio.
À noite enquanto lia o jornal Toni telefona e pergunta:
O que vai fazer amanhã? Ela diz que pretende ir à praia.
Ele comenta: Eu queria dormir sem hora pra acordar...
Ela diz que pode deixar a praia pra outro dia e ele diz
que está chegando. Ele senta-se na sala e lê o jornal,
depois toma um banho e vai pro quarto Ana está
sentada na cama arrumando uns papéis.Ele senta-se
a seu lado, pega um mp3-player que está ali, ela
orienta sobre como usa-lo e ele coloca os auscultadores
nos ouvidos e deita-se atravessado na cama. As horas
vão passando e ele ali quieto ouvindo música como se
estivesse em transe. Num momento ela decide deitar-se
ele apenas se ajeita a seu lado.O som é tão alto que ela
consegue ouvir a música deitada ali ao lado dele que às
vezes fica a olha-la em silencio enquanto lhes acaricia

os cabelos. Passam-se horas até que ela adormece.
Quando desperta o dia já está amanhecendo de novo e
ele ali ainda acordado, viajando nas canções de Elton
John. Por fim a música acaba e ele a abraça e ela
novamente sente o corpo queimar de ansiedade, mas ele
beija-a ternamente e dorme a manhã inteira... Quando
levanta-se repete o ritual do dia anterior e depois se vai
dizendo que está se sentindo muito bem e que precisava
daqueles momentos vividos ali. Agora sozinha Ana
repensa estas duas noites deitada ao lado de um homem,
desejando ser tocada por ele, sentindo seu corpo
estremecer a cada olhar e respeitando a opção dele de
ficar ali em silencio na sua casa, em sua cama, quando
ele poderia ter ido pra sua própria casa e vivido esses
momentos com ele mesmo.
Ela não consegue entender qual foi o seu papel...

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segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Saudade...

A noite vai chegando
percebo pelo silencio que ela traz
além do silencio, a tristeza
O doce de tua boca já não me alcança
o coração.
Silencio...
Calou-se a tua voz amada
inquietou-se meu ser
Onde andas?
Chego a pensar se exististes
ou equivoquei-me num sonho
Busco-te no horizonte
até aonde meu olhar alcança
Suspiro!
és ilusão...
Uma leve brisa
me roça a pele
estremeço...
Penso em tuas mãos
Teu perfume no ar
Que nada!
Foi só um vento leve
que acariciou-me
num sopro de saudade...