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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pensamentos vagabundos

Ando meio "amarrotada"com a vida, com tudo...Deve ser o
efeito da "terceiridade" insistindo em chegar pra ficar.
Às vezes fico observando as pessoas e seus comportamentos
tolos (e, não nego - faço parte dessa massa, quase sempre
vazia, quase sempre "maria-indo-com-as-outras")...
No meu trabalho vejo as pessoas que nasceram, cresceram e
casaram morando em favelas, livres das cotas de impostos,
de água, de luz, de TV a cabo (os chamados 'gatos') achando
que isso é normal, como um direito adquirido. Essas pessoas
exibem celulares de última geração que só fazem chamadas 
cobrar; nunca leram um livro, não vão a um cinema, e 
dizem que estudar é inútil...
Nas redes sociais, quando publicamos/compartilhamos 
algo de conteúdo,  quase  sempre  passa   em   branco, mas  
se compartilharmos piadinhas idiotas, fotos/montagem 
de bichos ou mesmo uma imagem nossa com expressão 
irônica/retardada, todo mundo aplaude como se a vida 
resumisse-se a uma banalidade visual.
Sem falar no amor...que perdeu a magia e virou sexo puro...
O amor. Sinto falta do amor!
Conheci um homem (quero dizer, não o conheci, porque ele 
é "camuflado"; tentei conhecer sua alma mas ele inibiu o 
meu acesso; sonhei com seus beijos mas nunca vi sequer os 
seus lábios... mas é uma coisa boa pra recordar!
Esta semana reencontrei um amigo de infância que não 
vejo há mais de 40 anos e - incrível, ele viu minha foto - a 
tal com cara de retardada e me reconheceu pela boca! 
Isso também é uma coisa boa. Boa - não o fato dele ter me 
reconhecido pela boca, mas o fato dele me reconhecer 
depois de tantos anos!
Então a vida é quase sempre um funk imoral, apelativo, 
mas vez por outra toca uma valsa e a gente sonha com 
a magia da orquestra e, porque não dançar?