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Há quase 29 anos atrás nasceu minha primeira filha.
Tudo pronto, incluindo o enxovalzinho todo azul, ia
se chamar Eduardo mas pra mim seria Dudu...Chegou
o dia “D” e ao invés de “Dudu”apareceu uma linda
menina pesando 4 quilos, sem cabelos e sem sobrancelhas.
Querem saber como me senti? Melhor não...Fui pra casa
com minha Monaliza carequinha e sem nome e por uns
dias não me ocorria nenhum, até que enquanto a
amamentava começou a tocar uma música, Aline; uma
linda canção francesa falando de saudades. Não foi da
letra em si, mas da intensidade daquela melodia, que
nasceu “Aline”. E, como na canção eu a vejo partir agora
para um país distante rumo aos seus sonhos e meu
coração de mãe parece um barco naufragado cada vez
que ouço “Aline”...
Tinha desenhado sobre a areia
o seu suave rosto que me sorria
choveu sobre esta praia
e numa trovoada, ela desaparece
E gritei, Aline, até que retornasse
e eu chorei, oh! penalizado
Sentei-me perto da sua alma
mas a bela dama fugiu de mim
Procurei-a sem encontrar
e sem uma esperança, para guiar-me
E gritei, Aline, até que retornasse
e eu chorei, oh! Penalizado
Guardei apenas este suave rosto
como um barco naufragado
sobre a areia molhada...
A distância não é nada, comparada ao
tamanho dos teus sonhos...
DÉCIMO SÉTIMO ANIVERSÁRIO
Há um dia
