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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Tempestades

Como vencer a lágrima incontida 
Quando no seio da noite, a tormenta 
Ruge, desvairada, turbulenta 
Qual um leão rasgando essa ferida 

A sombra abraça o corpo, o vento insulta 
Em cada canto o medo vibra e chama 
A alma irrompe do peito em pedra e lama 
Poço de mágoas que da dor, resulta! 

Mas finda a tempestade, rompe o dia 
Acende a luz da aurora em harmonia 
Obedecendo a lei da Natureza 

O sol suave brilha e se esmera 
Em uma doce manhã de primavera 
Renasce a Alma plena de beleza!


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Quisera que as noites viessem 
sem teu vulto,
que mais parece um insulto,
uma sombra a me rondar...


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Médicos Sem Fronteiras/Setembro 2014 em foco

domingo, 16 de março de 2014

Velhidade

Se tens nos olhos as cores
da noite vazia de encantos
No corpo cansado tens dores
A alma imersa de prantos

Dos sonhos da juventude
Na tez que trazes cansada
Nos pés as marcas tão rudes
Das pedras da caminhada

Ah! Anciã segue a sorte
que a vida nos traz a morte
nas chagas do sentimento

O tempo é duro e cruel
Vinho com gosto de fel
Veneno que mata lento


domingo, 15 de setembro de 2013

Barra que já fostes linda!


Saudades da velha Barra
com seus imensos canais
cortando toda a planice
que hoje já não existe
nem sequer os manguezais
aquelas dunas de areia
branquinhas de dar na vista
se foram, viraram pistas
de alta velocidade
saudade que doi, saudade!
por conta da arquitetura
deformaram a  formosura
de minha querida Barra
com seus prédios de cimento
tornando tudo cinzento
progresso imposto na marra 
Velha Barra tijucana
mar dos meus encantamentos
quebrando a areia branca
quem te suja, não se manca
nem sabe que já não és
água que banha meus pés
ainda que por momentos
Embora tu seja ainda
Barra velha, Barra linda
reduto de pescador
Velha Barra, meu amor!


domingo, 8 de setembro de 2013

Sete de setembro

Ontem, saindo da Lapa fomos barradas numa pequena 
manifestação. 
Cerca de meia dúzia de rapazes contra um paredão de mais 
de  trinta homens do Batalhão de Choque devidamente 
escudados e armados até os dentes!
Concordo que recebam e cumpram religiosamente ordens 
de seus superiores comprados com dinheiro público e 
ameaçados em suas carreiras e cargos pelos nossos 
governantes de merda, mas penso, e isso ninguém me tira 
o direito (de pensar) que - os grossos capacetes lhes tapam 
os ouvidos e lhes afunilam a visão (!); o grito de um povo 
oprimido clamando pelo direito de viver com um mínimo 
de dignidade!
Falta pouco (quase nada) para nos sentirmos "sitiados" 
além de tão agredidos e roubados que já somos!!!
Nas véspera ouvia a comandante-mor, senhora Dilma a 
falar sobre o sistema de saúde. Levantei-me e desliguei 
o rádio pra não agredir meus ouvidos com o seu
 "papo pra boi dormir"!
Senhora, por favor! Não ofenda ainda mais a minha 
inteligência, nem afronte a minha (in)sanidade...
* Sete de setembro, data tão festiva
Era a independência dessa terra tão querida...


Sem mais!

Todas as mulheres são iguais. Altas, magras, 
baixas, gordas, brancas, negras...
Todas tem o que os homens procuram: um par
de peitos e uma cova, ambos em maior ou
menor proporção, a gosto de freguês.
Morro e não compreendo porque os homens
querem-as todas... 
Sem mais!

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Pensamentos vagabundos

Ando meio "amarrotada"com a vida, com tudo...Deve ser o
efeito da "terceiridade" insistindo em chegar pra ficar.
Às vezes fico observando as pessoas e seus comportamentos
tolos (e, não nego - faço parte dessa massa, quase sempre
vazia, quase sempre "maria-indo-com-as-outras")...
No meu trabalho vejo as pessoas que nasceram, cresceram e
casaram morando em favelas, livres das cotas de impostos,
de água, de luz, de TV a cabo (os chamados 'gatos') achando
que isso é normal, como um direito adquirido. Essas pessoas
exibem celulares de última geração que só fazem chamadas 
cobrar; nunca leram um livro, não vão a um cinema, e 
dizem que estudar é inútil...
Nas redes sociais, quando publicamos/compartilhamos 
algo de conteúdo,  quase  sempre  passa   em   branco, mas  
se compartilharmos piadinhas idiotas, fotos/montagem 
de bichos ou mesmo uma imagem nossa com expressão 
irônica/retardada, todo mundo aplaude como se a vida 
resumisse-se a uma banalidade visual.
Sem falar no amor...que perdeu a magia e virou sexo puro...
O amor. Sinto falta do amor!
Conheci um homem (quero dizer, não o conheci, porque ele 
é "camuflado"; tentei conhecer sua alma mas ele inibiu o 
meu acesso; sonhei com seus beijos mas nunca vi sequer os 
seus lábios... mas é uma coisa boa pra recordar!
Esta semana reencontrei um amigo de infância que não 
vejo há mais de 40 anos e - incrível, ele viu minha foto - a 
tal com cara de retardada e me reconheceu pela boca! 
Isso também é uma coisa boa. Boa - não o fato dele ter me 
reconhecido pela boca, mas o fato dele me reconhecer 
depois de tantos anos!
Então a vida é quase sempre um funk imoral, apelativo, 
mas vez por outra toca uma valsa e a gente sonha com 
a magia da orquestra e, porque não dançar?




quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Sentires




Minha poesia é dolorida
feito saudade que corta
tristeza batendo à porta
desilusão ressentida

É meu penar e meu medo
solidão e desventura
a alma que eterna, jura
a revelar-me segredos

Minha poesia é amor
rio que corre sem destino
asa sem par, desatino
rimando alegria e dor

Minha poesia é meu sentir,
razão do meu pensamento
preciso desse tormento
para faze-la fluir

(by Menina do Rio)

sábado, 6 de outubro de 2012

Promessa incerta


Se voce disser que sim, eu vou
Num segundo faço as malas, pinto os cabelos
e me visto de amor, calço as sandalias
da ternura pra não esmagar as flores e
embarco com voce nessa caminhada. 
O destino? Não importa, pois já traçou-nos 
a porta ao primeiro encontro. Quero apenas a 
promessa mesmo que incerta, de que a nossa 
caminhada vale cada pedra, cada tropeço, cada 
temporal e que sempre que eu estender a mão, 
tocarei na tua e que se um de nós se perder pelo
caminho, que não se perca sozinho, pois o
outro, junto há de perder-se também...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eternidade

Havia um tempo em que tu eras o todo em fragmentos
espalhados desordenadamente pelo sôpro do vento que
me habita. Nada era mais sublime e doce que a tua
imagem na parede espelhada para minh'alma e de onde
eu te olhava onde quer que eu estivesse.
E nos recantos da minha memória entre o ontem e o
agora, eu ainda te vejo, mesmo sabendo que já lá não
estás e que o sôpro que havia outrora dispersou-se
como nevoa de um outono sobre folhas secas caídas na
calçada.
Trago em mim, ainda, o gosto do vinho em tua boca e
o cheiro adocicado das baforadas do teu cigarro e
ainda vejo a fumaça em círculo desmanchando-se no ar,
mas sei que tu já não és e eu também não sou, porque
o que fomos perdeu-se de nós naquela tarde em que
partistes.
Há uma dor que ainda dói, um poema inacabado, um
cinzeiro na mesa de canto onde te sentavas a divagar
e de onde me olhavas à meio riso enquanto eu te
contava segredos.
Não sei se foi o tempo que passou ou se fomos nós que
passamos, enquanto o tempo permaneceu, como a pedra da
lápide fria onde agora jazes, em cujas bordas plantei
flôres e onde leio-te os meus poemas de fim de tarde
e, mesmo não vendo o teu olhar de ternura eu sinto que
tu me ouves, porque foram feitos pra ti...
Meus dias são feitos de espera e a mesma nevoa encobriu
os meus cabelos tingindo-os de branco como a cor da
tua ausência e do vazio dos anos. Sinto que breve nos
reencontraremos na eternidade, então,
até lá e um beijo de saudade...


Imagem da net

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fazendo diferente

Desejo a todos um Ano Novo cheio de realizações.
Realizações de sonhos, projetos e ações.

Desejo que:
Todos tenham não só a casa limpa, mas a rua e a cidade também.
Todos tenham a mesa farta, tão farta que possam doar um pouco
a quem nada tem pra comer;
Todos tenham seus carros, mas optem por uma caroninha solidária,
pensem bem; pra cada carona, menos um carro na rua, menos
poluição e ainda podem ratear a gasolina. Faz bem ao bolso e à
atmosfera...
Todos tenham muitos pares de sapatos mas que volta e meia
observem que andar descalço é bom na areia molhada, mas no
asfalto quente é desesperador;
Todos tenham muitas roupas boas, mas que doem aquelas que não
servem mais, pois se ficarem enfiadas num armário acabam
amarelando e fedendo a mofo...
Ensinem o que sabem e aprendam o que não sabem, pois ninguém
nasce graduado na arte de viver e muito menos de sobreviver...

Desejo Amor, boa vontade, consciência e compreensão, pois são
esses os ingredientes da paz.

E que a Paz reine absoluta entre todos os seres, independente
de raças e credos.

E que tudo isso possa ser feito aqui e agora, pois esse é o nosso tempo.


São os meus votos, não para o próximo ano, mas para todos os
dias das nossas vidas!!!


Imagem da net

sábado, 11 de dezembro de 2010

Meu segundo Livro


sábado, 28 de agosto de 2010

Circo


A vida é um grande circo
boas cenas de comédia
Com alguns dramalhões ao fundo
O palco, qualquer esquina
De qualquer lugar do mundo

Os olhos são refletores
Tem palhaços e platéias
E todos nós somos atores

E tem a mulher de bigode;
aquela, que nem "ele" pode

Tem a cobra, mulher gorda
domadores e leões
picadeiro, trapezista

O engolidor de fogo
E não falta quem assista
Quem és tu nesse jogo?
...

Eu sou a equilibrista...

(by Menina do Rio)

foto da net

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Diálogos noturnos

- Dá um beijinho, meu bem...
- Ta bom Euclides, só um beijinho. Nada de assanhamento
que eu quero dormir.
- Nada, assim... nadinha de nada?... nem...
- Nada, Euclides! Nem!!!
- Andas ficando mazinha...
- Ando ficando é cansada, Euclides. Cansada!!!
- Sei. Depois vais reclamar se eu me engraçar pra outra!
- Que outra, Euclides; que outra? A assanhada da rua de
trás? Hahahahaha.... Acaso pensas que tens pipa pra
apagar aquele fogaréu? Há quanto tempo não fazes...
Bem, deixa pra lá...
- Zombas, tá! Zombas! Mas não precisas me humilhar
não! Só porque de vez em quando a coisa não funciona...
- De vez em quando? Esse teu “de vez em quando” é igual
a “SEMPRE”! Nesses últimos três anos, tu só me destes
canseira, Euclides. E ainda ficas te achando “o garanhão”
da rua. Pensas que não vejo? Sou cega não!
- Sou um homem novo, Marina. E bem apessoado, diga-se
de passagem. Me visto bem, tenho boa conversa.
- Certo... Homem novo, bonito, CASADO, tens um bom
emprego. Pois tás querendo dizer o que com isso?
- Eu? Nada, Marina. Falei só por falar, mulher. Sabes que
só tenho olhos pra ti, minha flor! Não saio por ai dando
em cima da mulherada. Elas é que ficam me “secando”...
- E “secaram” mesmo, Euclides ... Também, se desses em
cima delas, ias fazer o que? Cai na real, meu bem!
- Não esculhamba, ta! Nem é culpa minha se...
- É culpa de quem, Euclides? Acaso estás a pressupor
que a culpada agora sou eu? Me explica isso, vai!
- Não, meu amor! Tu é que és a minha flor de laranjeira,
sempre linda, cheirosa, sedutora.
- Então...
- Sei lá Marina. A culpa é de tanta coisa, sabes?
- Que coisas são essas, Euclides?
- Outras coisas, querida...
- Quero saber que coisas são essas que te deixam assim
meio...
- Meio?... Meio o que? Impotente? É isso que ias dizer,
Marina?
- Não com essas palavras, Euclides. Mas é mais ou menos
isso...
- São tantas coisas, meu amor.
- Que coisas???
- Sei lá... Esse governo, a inflação, o trânsito caótico, a
crise mundial. Imagines só como fica a cabeça de um
homem. E se a cabeça não vai bem, o resto não funciona!
- Pois é, né... Se a situação já chegou à esse ponto, eu vou
acabar processando o governo, desinflacionando a
moeda, jogando uma bomba no trânsito e ainda terei que
resolver o problema da crise mundial, já que tudo isso
está afetando o meu maridinho e botando em risco o nosso
casamento.
Mas se eu não dormir agora, Euclides, amanhã sou eu que
não vou funcionar nem pra levar as crianças pra escola!
- Boa noite meu bem!
(Verônica Almeida)

Imagem da net

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Texto meramento reflectivo

O homem inventou as armas e fomentou as guerras.
Descobriu o fogo e devastou florestas, avançou,
abriu caminhos, dizimou os nativos, desviou
cursos de rios, poluiu, explorou o solo com sondas
gigantescas, sugou a Mãe Natureza até a última gota!
Ela agora, do alto de sua magnitude reclama o que
lhes é de direito. E o faz com ferocidade; a mesma
com a qual foi devassada a ferro e fogo!
O resultado é o que estamos vendo.
Eu lamento pelas vidas ceifadas nas enchentes,nos
maremotos, nos terremotos, mas a Natureza está
tentando manter o equíbrio ecológico na base da
porrada. Porrada que joga pela ribanceira familias
inteiras, sonhos, esperanças de todas as idades!
Cada casa que desaba é um sôco na nossa
consciência. Ou deveria ser...

(Menina do Rio)

Fotos: http://blogamos.com/imagens/11.jpg













sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Anos

Já não sei, não conto anos
Foram tantos desenganos
que os deixei de contar
Já nem sequer conto os dias
frutos de noites tardias
feitas de espera e sonhar
Já não conto mais as horas
desde que fiz-me senhora
do meu tempo pequenino
castrei meus sonhos meninos
tão tenros de mocidade
por uma felicidade
que nunca vi na viagem
que fiz aqui de passagem

Nessa vida retirante
conto de hoje em diante
os sorrisos das pessoas
tardes vividas à toa
flôres de muitos jardins
rosas, gerânios, jasmins
beijos, afagos, lembranças
de doces tempos de infância
Conto sim, a nossa história
trechos rasos de memórias
marcas fincadas no rosto
o pó de muito desgosto
Cheiros de sal e de terra
tantas batalhas e guerras
Tantas que nunca venci
Muitas nas quais eu morri


E contarei, com certeza
da vida, toda a beleza
lugares por onde andei
Mas dias, anos e meses
feitos de tantos revezes
Eu não mais os contarei

Menina do Rio

Imagem da net

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O homem invisível

Ele era um homem
Que só se sabia o nome
Ninguém jamais o viu
mas ele estava sempre lá
Sentado numa mesa na calçada
numa rua virtual
olhando pra tudo
no meio do nada
Observava os passantes
Sorria aos amigos
Oferecia flores
noites de lua
canções
Despertava amores
paixões
Ninguém via seu riso,
mas sentiam-no;
nem era preciso
E falava com uma bela voz
a cada uma de nós
Nem ela o via
e no entanto sabia
que havia um encanto
por trás do mistério
em que ele se escondia
Mas um dia
deu-se uma tempestade
e o céu escureceu
E nem noite era
mas aquele
que sempre viera
não apareceu
E o coração
de quem tava à espera
entristeceu...

(Eu bem sei que estou em falta com todos, mas
vou tentar resgatar minha culpa)
Beijinhos

Imagem colhida na net

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Niver do Blog


São 3 aninhos de blog. Às vezes dá pra correr
às vezes cansa, diminuo o passo, ando...
O tempo castra, as horas não bastam
Falta inspiração...
Nem sei se tenho forças pra soprar as velinhas
mas hoje tem festa e a porta está aberta.

Um brinde aos amigos
que sempre estiveram comigo


Enfim, o Livro está publicado e encontra-se à venda
no site da Editora. Gostaria muito de postar a 
relação das livrarias, mas ainda não disponho.


Eu ia oferecer um bolo, mas optei uma rosa como 
símbolo de amizade e respeito à todos, independente
de nacionalidade
                                                                imagem da net

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Amor

O amor não é razão; é loucura
alimenta-se de sonhos, ilusões
promete castelos,  tentações
noites banhadas de luar e juras

O amor faz-se ao tempo, presença
um querer estar juntos eternamente
um morrer de saudade latente
É como um deus,  quiçá, ou uma crença

O amor é como uma taça de vinho
bebido a dois em bocas ardentes
fogo e paixão em desalinho

E na loucura sem razão do amor
explodem sonhos, rios, vertentes
Um viver ou um morrer de dor


Menina do Rio®


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

De frente pro mar

Como folhas leves de um final de outono
brisa suave, teus lábios a beijar
voz a cantar cantigas de abandono
na tarde brejeira de frente pro mar

E de frente pro mar me vejo à espera
de ver teu sorriso a dizer-me: Voltei!
Voltei como as flores de uma primavera
voltei para os braços que um dia deixei

A cantar doce, a cantar prantos
cantarei um canto sonoro e triste
e a alma entoa nessa voz que existe

Ah, quanta saudade, doce encanto!
partistes como folhas que soltas ao relento
espalham o sal de teus beijos ao vento

Menina do Rio®


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entre o silêncio e a escuridão

E o silêncio era tanto
que arranhava a alma
E era tão frio que doía
e tão assustador
que medrava
arrepiando a pele
que nem o morno da noite
aquecia
e o escuro arrastava-se
infindável, atrevido;
movendo-se
calado na sombras
que teimavam em brincar
de aguçar-me os sentidos.
Dedos trêmulos e longos
tateando o nada
entre os contornos imaginários
da tua silhueta.
Encolhi-me nua
em posição fetal
até que o silêncio
frio e letal
rompeu na alvorada,
a luz tênua
de uma manhã a mais
e adormeci...


(Menina do Rio)®

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O nosso tempo

O nosso tempo não é agora
Ou em outro mundo, lá fora
Um encontro em outra vida
estrelas vagando ao infinito
Talvez num sonho bonito
Ou quem sabe no futuro
num olhar por trás do muro;
ou uma palavra calada

Nosso tempo não se fez
nos dias quentes de um mês
nas horas vagas de um dia
noutras camas, noutras bocas
no calar das vozes roucas
silenciando os espaços
nos vãos de outros abraços
entre o tudo e o nada

Nosso tempo, nem se deu
morreu ainda menino
corações em desatino
febre sem fé amolada
sem delírio ou madrugada
Morreu assim, amiúde
na dor da inquietude
O nosso tempo morreu...

Menina do Rio®

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Loucos somos

Pois é...meu bloguinho anda mesmo jogado às moscas, mas...


Hoje deixo um poema meu em video
Que tenham um ótimo final de semana, porque aqui
tá frio e chuvoso e eu contando as horas pra que chegue
a primavera.

Beijinhos e um afago
by Menina do Rio


Obs: as vezes é preciso esperar o video carregar!

sábado, 11 de julho de 2009

Teia de gente

A praia é feita de areia
onde o mar deita e se estende
soberbo na própria imensidão

A aranha vive na teia
nos fios aos quais se prende
tecendo a vida de mansidão

Poetas da nossa laia
andam descalços na praia
tecem palavras ao vento
amores, dores lamentos

Palavras são grãos de areia
com os quais construimos a teia
na rede que nos liga ao mundo

Pérolas, conchas, Oh que riqueza!
transformam tanta beleza
em sentimento profundo!

Menina do Rio



segunda-feira, 29 de junho de 2009

Hoje


Hoje a tarde está fria
não há poesia

Hoje eu quero um sonho
bem sonhado
um sorriso risonho
emoldurado
no quadro da janela
um olhar de pecado,
a rosa mais bela

Hoje eu não quero gritos,
lamentos
quero a canção do firmamento
uma taça de vinho,
um carinho

Hoje eu quero viver
a mais pura alegria
que alguém pode ter

Ainda que seja
apenas hoje
pois é tudo o que tenho
e onde desenho
o meu querer

Menina do Rio®

domingo, 21 de junho de 2009

O teu silêncio


Não quebres o silêncio
ele é tudo o que ficou de ti
e já me acostumei a andar
de mãos dadas com ele
Não violes os meus ouvidos
com palavras e frases nunca ditas,
nem com promessas caladas
que machucam a alma

Não me cegues os olhos
com a tua luz, sob a qual
fiz-me mariposa tonta
a dançar inebriada
até cairem-me as asas

Não me macules a boca
com beijos falsos
e ritos gestuais
que não são teus

Deixe que o silêncio habite-me
de mansinho entre a espera
e a ilusão,
anestesiando os dias
na quietude com que te sonho
acordada,
na música que já não ouço,
no frio da tua ausência

Não quebres o teu silêncio
que calou-me os versos
que te fazia
ao pensar que eras meu

Menina do Rio®

imagem da net

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Amiúde


De par em par, abro as janelas
dos sonhos de minh'alma menina
contemplo no jardim, a flor mais bela
e guardo suas cores na retina

De passo em passo, abro meus braços
e vou colhendo amigos e sorrisos
em gestos de ternura crio laços
Viver é isso. E é disso que preciso

De letra em letra, verso em verso
mesmo que me perca em alguns reversos
faço poesia, conto a minha história

De gota em gota, meu olhar deságua
por muitas lembranças e algumas mágoas
de amores guardados na memória

Menina do Rio®

terça-feira, 26 de maio de 2009

Ausência

Queridos amigos,

Boa parte da minha ausência, deve-se à falta de tempo;
metade, talvez, porque a "outra" metade dessa ausência é
uma mistura de preguiça e cansaço. O mês de abril passou
por cima de mim feito uma locomotiva desgovernada;
excesso de trabalho, tensão - olhem que não me refiro
à Tpm (nem sei se isso existe!!!).
A proposta da Editora, a expectativa sobre o livro e o
trabalho quase me botaram à pique!
Não tenho vindo ao meu blog. Recebo os comentários por
email e na medida que posso, vou lendo e retribuindo quem
comentou. Com isso acabo não visitando a minha lista de
blogs amigos da lateral. Espero poder voltar à forma antiga.
Espero mesmo!

Por isso deixo aqui mais uma vez o meu pedido de desculpas
e um videozinho.
Beijos! Muitos beijos!!!


domingo, 10 de maio de 2009

O canto da sereia


Havia uma vez, um pescador de canção e sua musa.
Viviam distantes e entre eles havia o oceano imenso!
Ele pescava lindas canções e depositava mentalmente
do outro lado do mar e ela as colhia como se fossem
pérolas. Existia um canal imaginário entre eles onde
as canções tocavam melodicamente como uma orquestra
sinfônica regida a quatro mãos, guiadas pelo maestro
cujo nome era Amor. Havia... Até que um dia , eis que
surge uma sereia (?) novinha de longa cabeleira preta,
cantando um funk sem noção e...O pescador encantou-se
e do ponto onde estava ergueu uma bandeira e bradou:
- Yo soy un hombre libre!!!!!!!
O maestro assustou-se, perdeu o tom e a orquestra
desafinou... A musa que assistia tudo da outra margem,
ficou entristecida, sem entender se o encanto da sereia
estava canto ou nos longos cabelos negros...

( texto meramente ficticío)
by Menina do Rio


sexta-feira, 8 de maio de 2009

À minha, à nossas nossas Mães!

sábado, 2 de maio de 2009

Abril negro


Vai-te abril negro. Vai-te!
Venci-te!
Ultrapassei teus dias pesados e tortuosos,
teus caminhos de cactos,
tuas elevações e teus precipícios.
Rompi teus vales e encostas,
sobrevivi aos teus temporais,
cavei-te a terra
com as mãos que ainda me sangram.
E plantei-te a semente
no teu mais profundo ventre,
adubei-a com tuas folhas mortas,
teus humus e teus estrumes.
Bebi da tua água imunda, respirei fundo
e aguardei a morte - da vida;
pois a semente já estava no teu seio.
Mas findou teu tempo e a morte não me veio,
e a ti, findaram-se os dias.
Visto-me de negro e te choro
porque até mesmo o que nos fere,
nos deixa o vazio e, de negro,
recolho-me à semente nas tuas entranhas
até que finde o inverno.
Hei de renascer na primavera,
banhar-me ao sol
e expandir-me em verdes
que ao vento se entregam numa
doce carícia até que voltes
para levar-me as folhas,
mas serei árvore
e me recomporei
a cada estação.

Menina do Rio®


Aos meus amigos peço perdão pela ausência,
mas estes últimos dias foram só de trabalho.
Aos poucos vou colocando as visitas em dia.
Assim espero...
Um beijo

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Afagos

Amo-te assim em mim
em ausências de ti, aqui
O vento que entra pela janela
é o mesmo 
por  onde devolvo-te a saudade
que deve tocar-te à tardinha

Sonho-te,
porque sonhar
é tudo o que me cabe
nessa eternidade que nos faz
tão distantes
e tão infinitamente próximos

Necessito-te,
não tenho a força dos deuses titãs
e me dobro ao vazio das tuas mãos
que não me chegam

Vivo-te,
nas horas de espera
por um afago teu
nas canções que me destes
no silêncio que as vezes
me enlouquece...

(Menina do Rio)®
Imagem a net

sábado, 18 de abril de 2009

Teu beijo


Me deixas louca
quando tua boca
cola na minha
envolvente
quente...
E quando o teu desejo
pulsa nesse beijo
meu corpo treme
quando gemes
A tua lingua
a passear
na ponta
da minha
sinuosa,
sutil...
(Menina do Rio)®


domingo, 12 de abril de 2009

Bem sei que sabes!


Do teu querer, vesti-me na ternura
qual brancas plumas, naveguei teu mar
planei meus sonhos na ilusão tão pura
fiz dos teus olhos a luz do meu olhar

Ah! Quanto amor em forma de prece
nesses gestos teus que são tão meus
nesses versos que minh'alma aquecem
como dádivas vindas de Deus

Ah!  Meu amor! Se soubesses quanto
de ti trago em minh'alma com fervor
nos versos que escrevo e que te canto

E bem tu sabes das horas em que louca
Ah! Bem sei que sabes, meu amor
morreria por teus olhos e tua boca!

(Menina do Rio®)

domingo, 5 de abril de 2009

Vida

Expectativas
ilusões
no teatro da vida
a representação
hipoteticamente
patética
feita em atos
retratos
no quadro
do pano de fundo
até a cena final

Apaga-se as luzes
Fim?

Não!
intervalo
pro almoço
alvoroço...


Ensaia
corre
põe a máscara
troca a roupa
refaz maquillagem
Acendem-se a luzes

e lá vamos nós

sós
para os braços da multidão
que delira

É a vida!

E que seja vivida
no palco
em grande estilo
entre plumas
e paetés
ao som da orquestra
de buzinas
e gritos de crianças

pois a vida é um teatro
onde uns cantam
e outros dançam


Menina do  Rio®

sexta-feira, 27 de março de 2009

A nossa história

Deixa eu te dizer de nós
A nossa história está sendo escrita
na ternura e intensidade
que compoe o verbo AMAR,
da tinta que escorre entre os sonhos,
dos caminhos e das noites de luar
onde os gestos afagam o tempo,
o calor afasta os medos e as
nossas bocas desenham segredos...
Deixa eu te dizer dos sonhos
deitados na relva molhada e verdejante,
do palpitar que habita o sentir mais profundo,
de toda essa viagem pelo teu corpo,
ainda que meramente imaginada
nos momentos de devaneios,
onde nos sonhamos;
destinos selados a saliva dos beijos utópicos
que enganam a ausência de nós,
como fome que não sacia,
mas espera a hora tardia
e se nutre dessa espera.
A nossa história está sendo escrita
nos desejos quentes
que pulsam em quartos solitários
entre doses de uísque e fumaça de cigarros,
coração em descompasso
e ausência de amassos
A nossa história, as vezes é só minha,
as vezes é tua,
mas é feita de poemas e canções,
onde compoes a melodia e eu a letra
num dueto harmonico
que vai até o amanhecer...

sábado, 14 de março de 2009

Noite de amor

O Dia Nacional da Poesia foi criado em homenagem ao poeta
brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves (1847-1871),
no dia de seu nascimento, 14 de março, embora o Dia
Mundial da Poesia (21 de março) tenha sido instituído na
30ª Conferência Geral da UNESCO no ano de 2000 e coincide
com o Dia Mundial da Floresta, início da primavera no
hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul

Passava  a lua pelo azul do espaço
De teu regaço
A namorar o alvor!
Como era tema no seu brando lume...
Tive ciúme
De ver tanto amor.


Como de um cisne alvinitentes plumas
Iam as brumas
A vagar nos céus,
Gemia a brisa — perfumando a rosa —
Terna, queixosa
Nos cabelos teus.


Que noite santa! Sempre o lábio mudo
A dizer tudo
A suspirar paixão
De espaço a espaço — um fervoroso beijo
E após o beijo
E tu dizias — "Não!... "


Eu fui a brisa, tu me foste a rosa,
Fui mariposa
— Tu me foste a luz!
Brisa — beijei-te; mariposa — ardi-me,
E hoje me oprime
Do martírio a cruz


E agora quando na montanha o vento
Geme lamento
De infinito amor,
Buscando debalde te escutar as juras
Não mais venturas...
Só me resta a dor.


Seria um sonho aquela noite errante?...
Diz', minha amante!...
Foi real... bem sei...
Ai! não me negues... Diz-me a lua, o vento
Diz-me o tormento...
Que por ti penei!
(Castro Alves)


Imagem da net

domingo, 8 de março de 2009

Homens

A ti:
Pai que ensinastes-me as primeiras letras;
Filho varão que não tive;
Companheiro, que caminhastes ao meu lado; 
Amigo que me ofereces teu ombro;
Irmão  de brigas e brincadeiras.
A ti
Homem, que nascestes do ventre da Mulher;
que nos compreende, 
nos envolve em abraços 
e nos afasta o medo,
A ti,
sem o qual, a vida não teria sentido
Pois, pra quem nos enfeitaríamos,
nos depilaríamos
por quem choraríamos
se não houvesses tu?

A ti, HOMEM ao qual não foi 
criado um dia
Mas que és fundamental em nossos dias
A minha admiração e o meu respeito!



Independente das mulheres que morreram por
causa própria e dos homens que morreram
por causas alheias, todos os dias são
especiais, tanto para a mulher, como para
o homem; pois como disse um amigo meu:
Somos complementares e não antagônicos!
Menina do Rio®

Imagem da net

segunda-feira, 2 de março de 2009

Perdão, Amor...


Mas o tempo que pra ti corre lento; pra mim,voa. 
E voa numa velocidade que minhas velhas asas 
não mais acompanham, mas não posso parar.
Tenho que tentar correr junto, pois a hora do
crepúsculo já se anuncia, e não demora a noite
me encobre com sua escuridão e não mais verei-te,
nem sentirei o teu pulsar. Detive-me ainda no
tempo, à tua espera, mas viestes tarde, tão tarde
que os meus olhos embaçados pela nevoa dos anos
já mal distinguem a cor dos teus olhos.
Até estendi-te os meus braços, mas vinhas a passos
lentos, brincando com as flores e as borboletas
que te sorriam pela estrada e nem reparastes que
os longos anos de espera, embranqueceram os 
meus cabelos.
E num último apelo, ainda chamo-te, mas o tempo
gastou-me as cordas vocais e já mal me ouço a
própria voz a dizer-te dessa minha espera, desde
a primavera.
Perdão amor, mas tenho que seguir sem ti...
(Menina do Rio)

Imagem da net

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Impulsos

Viestes num momento intenso e de magia
e num impulso a alma me roubastes
e em paixão, encanto e fantasia
o que era noite em mim tu acordastes

E viestes nobre e gentil navegante
rompendo as geleiras do meu coração
tingindo as horas de rubros poentes
As horas rubras num mar de paixão

Ardo no êxtase  desse louco amor 
que me envolve em teu corpo de homem
delírio, fantasia e tanto ardor!

Ardo neste impulso que me roubastes
no fogo da paixão que me consome
que dormia em mim e acordastes

Menina do Rio®
Imagem da net

















sábado, 14 de fevereiro de 2009

Obrigada, amigos!

São 2 anos e 4 meses. 100.000 visitas, ou clics.
Muitos amigos. Muitos prémios que apenas agradeci.
Uma viagem pelos olhares e pelos sentimentos dos
que viajam comigo neste comboio virtual, partilhando
sorrisos e emoções.
Basicamente conheci um pouco mais de Brasil, mas
pricipalmente conheci Portugal, pais irmão de
mesma língua com pequenas diferenças que me 
acrescentam valores imensos!

Enfim, nada resume melhor o que sinto do que este
trecho de canção que vos ofereço:

Caminho por uma rua
que passa em muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
e saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo
como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
e tornei outras mais belas.
(Canção amiga)
O video não é dos melhores, mas foi o único
que encontrei...

E continuo a viagem. Nem tão presente como 
gostaria, nem tão ausente...
Um beijo a todos 


Meu primeiro selinho é pra todos vós.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Apenas uma saudade

Desce a noite serena e quente
e estende-se o mar ao longe
refectindo a nossa lua
tão minha, tão tua
Fecho os olhos e te vejo
Ainda sinto o teu beijo
como se nunca tivesses partido
Sou apenas a tua forma de amar
um pedaço dos teus sonhos
dos tempos risonhos

tempos idos
tempos nossos

Tempo de doces ilusões
construidas em nossos corações
Almas moldadas na saudade
das vontades que nos negamos
dos sonhos dos quais acordamos
por medo de viver

As vezes ouço tua voz
a dizer-me desta ausencia minha
enquanto choro pela ausencia tua
a procurar nas ruas
pelo teu olhar

E as minhas mãos tão frias,
tão nuas
estendem-se no vazio
sempre a te buscar

E assim seguimos nesta irrealidade
ausentes, distantes
num tempo que é infinito pra nós
tão perto e tão longe, estamos sós
como dois amores errantes
de nós resta apenas uma saudade...

Menina do Rio
16/01/09


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Nossa noite

Quero o teu olhar no meu
o gosto da tua saliva em minha boca
nossas vozes sussurrando roucas
enquanto nossas mãos vão tateando
a pele
Desnuda-me
com tuas mãos ávidas
me arranha as costas
as coxas
me beija o ventre
meu vértice
ardente

Quero paixão e ternura
nesta louca aventura
Deixa que minha boca
contorne o desenho da tua
e depois
descendo em tua pele nua
chegue ao ponto
onde teu desejo se insinua
Sem pressa
beijo-te
sorvo-te
e depois...

Deixa que se misturem nossos cheiros
de amor e magia...


Menina do Rio®


domingo, 18 de janeiro de 2009

Feito nós

Vivo no silêncio das palavras que não digo
vagando em pensamentos do que fomos
e quando vens faço de conta que não ligo
e que apenas sombras do passado somos

Somos dois vultos, duas almas tão distintas
Um encontro que o destino separou
Já não te sinto, e talvez tu não me sintas
Se não estou pra ti; nem sei se em mim estou

Se hoje o nosso mundo é tão vazio
Não sei se é culpa tua ou culpa minha, não sei
E o teu calor já não me aquece o frio

Mas as palavras calam e não me alcançam a voz
E o que foi feito dos sonhos que por ti sonhei?
Perderam-se nos silêncio, feito nós...
by Menina®


(Me perdoem esta falta de tempo
que por vezes chega a me desesperar...)


sábado, 10 de janeiro de 2009

Amores eternos

Todos os beijos que ganhei
comigo guardei
E os homens que eu amei,
bem...
Eu não os amei
Na verdade,
Sempre os amarei!

E foram tão poucos
que os contei
Mas a cada um eu dei
meu corpo e meus dias
a pele que ardia
meus segredos
e meus medos
minhas fantasias

Meus amores são eternos
e guardo-os todos
como se poemas fossem
escritos em pergaminhos
à tinta rubra e quente
das noites ardentes
seladas em beijos
as vezes ternos
as vezes ávidos
das nossas loucuras,
paixão e candura

Entre os homens que amei
há um que guardo nas memórias
do amor primeiro
há um que guardo nos filhos
que geramos
há um que guardo na pele
com seu toque e seu cheiro
e há um que guardo na alma
eternizado pela ausência,
porque quem mil vezes morri
e outras mil, morreria
para viver outra vez...

(Menina do Rio)


quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Último poema

Esse é o último poema que a ti faço
Quebrei as amarras da nossa paixão
Da nossa fantasia desamarrei os laços
e já nem mais me lembro da nossa canção

Esse é um poema do adeus de mim para ti
Um caso encerrado, um fim de namoro
Quero esquecer o tanto que por ti sofri
Quero apagar as marcas de choro

E nesse último poema eu quero te dizer
que fostes o meu amor, único e verdadeiro
mas apesar de tudo, vou sobreviver

Fostes pra mim, um longo e morno Dezembro
mas eu já decidi que vou amar Janeiro
e amanhã, de ti, não sei; já nem me lembro
by Menina®

domingo, 21 de dezembro de 2008

Velhos sonhos de quintal

Onde andam meus sonhos de menina
Que um dia esperava na janela
Por um mundo que pintava na retina
Sóis dourados e belas aquarelas

Onde andam as mãos que acarinhavam
Os cabelos longos, claros de luar
E num colo suave me embalavam
Numa linda canção de ninar

Onde andam os amigos, os amores
Que outrora caminhavam lado a lado
Foram-se – ficaram as temores
Infinitos pesadelos, acordado

Enfim! Onde estão todos os sonhos?
Tão belos, tão cheios de esplendor
Se o terror da morte tão medonho
Leva os sonhos que a gente plantou...
by Menina®

Hoje estou meio down; enfim...


quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sou mulher ( pelo meu Niver )

Sou mulher, normal
Temperamental
Nem Fiona, nem sereia
As vezes, mulher e meia!
outras, menina carente
Mãe leoa, mulher loba
as vezes boba;
tenho a alma transparente

Muitas vezes sou dura
visto armadura de ferro
grito, berro
pra esconder minha fragilidade

Sou mulher teimosa,
às vezes caprichosa
dona das minhas verdades
desprovida de vaidades


Sou mulher, amante, amiga
por amor compro uma briga
Esfacelo-me, desfaço-me
em mil pedaços
E me recomponho em laços

Sou mulher à moda antiga
que espera um convite pra sair
que chora nos filmes de amor
ou quando recebe uma flor

Sou apenas uma mulher
intensa, extensa
as vezes leve, as vezes densa
sem perder a essência
de ser
simplesmente
mulher...

Menina do Rio®

sábado, 29 de novembro de 2008

Deixa

Deixa que eu me perca em teus desejos
Como se fosse a tua doce amada
sorver a tua boca com meus beijos
Doce, sedutora e terna enamorada

Deixa que eu me deite em teu abraço
nua, como a lua em céu de madrugada
Repousa em meu corpo o teu cansaço
Deixa que nos desperte a alvorada

Canta pra mim os versos que são dela
Eu te declamo os que fiz pra outro amor
E dou-te a minha alma com sublimação

Que importa se não és ele e não sou ela?
pois que sejas a cura do meu desamor
e eu seja o bálsamo pro teu coração

by Menina do Rio®


quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Guardo-te em mim

Quantas idas e vindas entre nós dois
tanta angústia e tanta dor
tantos momentos deixados pra depois
quanta saudade... E tanto amor!

Não sei se me tens, como dizes
a passear errante em tua vida
Mas ainda guardo as cicatrizes
desde aquela ultima despedida

E hoje tremi ao ver-te novamente
Meus Deus, ainda tremo se te vejo
a lembrar-me dos sonhos de outrora

Alma de min'alma és minha aurora
guardo-te em mim como um beijo
e hei de amar-te eternamente